Imprima essa Página Mídia Mundo: 2009-07-26

sábado, 1 de agosto de 2009

Leitura de fim de semana

O jornal The New York Times é modelo de bom jornalismo em todo o planeta.
O jornalista e escritor Gay Talese é exemplo de quem sabe exercer bem a profissão.
Talese, que por 10 anos trabalhou no NYT, relata em O Reino e o Poder (Companhia das Letras, 560 páginas) histórias do jornal e, de quebra, da sociedade americana.
O livro é leitura obrigatória para todos os jornalistas.

Falta atualização no UOL

O time do Grêmio (Porto Alegre, RS) perdeu a semifinal da Copa BH de Futebol Junior para o Atlético (Belo Horizonte, MG) às 21h de sexta-feira.
Os jornais de sábado trazem o fato com destaque.
Se houvesse vencido, disputaria a final da competição amanhã, contra o rival Internacional (Porto Alegre, RS).
Mas para o UOL a final ainda pode ser Gre-Nal.
Mesmo depois de quase um dia do final da semifinal, o UOL segue dando como manchete na página do Grêmio a possibilidade do clássico na final.
Falta alguém atualizar o UOL.

Apostas vencedoras

Na Europa, dois jornais fazem apostas certeiras.
O Público (Lisboa, Portugal) abre um caderno de 32 páginas só com reportagens exclusivas.
Isso diferencia um jornal normal de um imprescindível.
Já o The Journal (Newscastle, Inglaterra) presta uma justa homenagem a Bobby Robson, ídolo da equipe local.
A imagem dos jogadores no centro do campo é impressionante.







Falta ousadia no interior paulista

O jornal Comércio da Franca (Franca, SP) teve a chance de brilhar na capa.
Com as fotos do inusitado roubo de uma joalheria por uma modelo, a matéria tem tudo para obter repercussão nacional.
Mas estranhamente o jornal deu mais destaque ao vôlei feminino que à sua exclusiva.
Isso que o vôlei nem está na final de nada.
Pisou na bola o CF.
Faltou ousadia à redação.


Receita de mau jornalismo

No dia em que a família Sarney reestabelece a censura prévia no jornalismo, o jornal da família se equivoca outra vez.
1. Manchete com "Governo vai..."".
2. Foto da governadora atrás de um púlpito, microfone na mão.
3. Alta possibilidade de que o anunciado na manchete não ocorra na verdade.
Mas afinal, O Estado do Maranhão (São Luís, Maranhão) não parece comprometido em defender a verdade.
Nem em defender seus leitores.
Mas em defender a família Sarney, acionista do jornal.



A censura voltou

Inacreditável!
No Século XXI ainda existe censura no Brasil.


Impossível não ler

Tem corrida de 5 quilômetros nas ruas de Anniston (Alabama).
A capa do The Anniston Star é obrigatória.
Simples e direta.
Os leitores agradecem.



De novo?


O Jornal da Cidade (Bauru, SP) consegue repetir o erro.

Pelo segundo dia consecutivo, publica capas que não dizem nada.

Comemorar o aniversário de 113 anos de uma cidade é comemorar o nada.

Ou é preguiça de editor, ou profundo erro de avaliação.

Talvez interesses de acionistas.

Só quem fica feliz é o prefeito da cidade.

Os leitores, certamente, não.
Aliás, Feliz Cidade já virou chavão, não?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Leitores papel e leitores web

O Columbia Journalism Review traz sempre artigos de alto nível.
Acaba de ser publicado um texto de Ryan Chittum revelando que os leitores de jornais em papel ainda investem muito mais tempo de leitura que os leitores de suas versões online.
Em uma rápida conta, Chittum chega à conclusão que os leitores do The New York Times pela Internet gastaram 4,2 milhões de horas em junho para ler o jornal via web.
Já os leitores do NYT em papel utilizaram 16,5 milhões de horas para ler o jornal no mesmo período.
Ou seja, de cada hora gasta para se ler o www.nytimes.com, utilizou-se quatro horas para degustar a edição em papel do jornal.
Essa relação é ainda maior quando se avalia Los Angeles Times, USA Today, The Washington Post e The Wall Street Journal, este último com a relação de uma hora online para cada 26 horas papel.
O artigo de Ray Chittum lembra ainda que não há conclusões a se tomar com a investigação, mas apenas constatações: em 15 anos de Internet, 10 dos quais com banda larga acessível às residências, o hábito de se ler jornal em papel ainda é dominante.

Se a foto é boa, a capa está salva

Cinco jornais de cinco estados diferentes.
A foto é de outro estado, Vermont.
Não importa. O inusitado de um carro jogado no lixo é a surpresa.
Tudo bem que trata-se de uma propaganda de um vendedor de automóveis.
Funcionou bem em todas as capas.






Bobby Robson, o Sir dos gramados

Bobby Robson morreu.
Seu talento como jogador e como treinador da Seleção Inglesa de Futebol rendeu-lhe o título de Sir, uma homenagem da Rainha.
Os sites ingleses de informação rendem homenagens a Robson.
Guardian e Times dão como manchete.
Daily Telegraph e The Independent como segunda notícia.
Só o Guardian oferece vídeo com o Sir.
Nessa hora, a agilidade faz toda a diferença.



Falta atenção também nos EUA

A gripe suína chegou aos Estados Unidos.
E trouxe junto os erros de edição nas capas.
Os mosquitos que estampam a capa do Herald and News (Klamath Falls, Oregon) não têm nada a ver com o vírus.


Tudo o que o leitor não quer

O Jornal da Cidade (Bauru, SP) está estacionado no século passado.
A capa de hoje é um exemplo de como não se deve fazer uma capa.
A manchete comemora uma efeméride insignificante.
113 anos? E daí?
Para completar, uma grande foto do secretário e ex-governador do Estado, Geraldo Alckmin.
Atrás de uma mesa.
Microfone na mão.
Tudo o que um jornal não deve fazer está na capa do diário do interior paulista.
Ou o JC muda logo, ou os leitores vão se dar conta.



A cerveja de Obama

A Happy Hour do presidente Barack Obama foi capa da maioria dos jornais americanos.
Mas a simples reprodução da notícia é pouco, para quem já viu a imagem na TV e na web.
Dois jornais foram mais longe. Simples e direto.
O San Jose Mercury News (San Jose, California) e o New Haven Register (New Haven, Connecticut) foram atrás das cervejas.
Sem dúvidas, foram muito melhor que a concorrência.
Criatividade acima de tudo.



Espiões nas redações?

Pelo segundo dia consecutivo, os jornais de Minas Gerais estão parecidos na capa.
Agora até a manchete é semelhante.
Há espiões nas redações mineiras?



A novela Gatti

A história da morte do pugilista ítalo-canadense Arturo Gatti em Porto de Galinhas é daquelas que pode virar filme, tantos são os ingredientes de mistério.
Depois de 18 dias na cadeia, a mulher dele, brasileira, está solta.
A polícia diz que foi suicídio.
A morte pode parece esclarecida, mas se depender dos canadenses essa história vai longe.
No hemisfério norte ninguém engole a versão do suicídio.
As capas dos jornais não mentem.






quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os pequenos brilham

Os jornais locais da RBS estão se destacando.
A história que A Notícia (Joinville, SC) traz na capa de hoje é de leitura obrigatória.
História de gente, de pessoas da comunidade.
E a foto casa com perfeição.
O Pioneiro (Caxias do Sul, RS) vem com outra boa história, desta vez com uma foto maravilhosa.
Pouco a pouco, os pequenos estão tomando o lugar dos grandes Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Diário Catarinense (Florianópolis, SC), da mesma RBS.
Os dois, ZH e DC, parecem estruturas pesadas, de difícil movimento.
Apostas erradas, edições sem interesse.
Nesse vácuo os pequenos brilham.

Mais calor

Os jornalistas do Estado de Washington não sabem mais o que fazer.
O repertório de capas de calor já se esgotou.




Falta de atenção na Bahia

Terça-feira foi a Gazeta do Povo, agora é o Correio*.
Quando manchete e foto não são do mesmo assunto, é preciso saber separá-las.
O leitor que observar a capa do jornal baiano hoje terá certeza que na caçamba do carro da foto está o corpo do perito metralhado da manchete.
Faltou atenção ao pessoal do Correio*.

A notícia do mês

O acordo Microsoft-Yahoo deverá mudar o panorama da web.
Vitaminar o Bing (sistema de busca da Microsoft) é um golpe duro ao Google, símbolo da liberdade na Internet, ao mesmo tempo dono de grande parte das ferramentas disponíveis.
É preciso entender o acordo.
Os jornais não se entusiasmaram, salvo honrosas exceções dos EUA, Canadá, França e República Tcheca.
Comeram mosca.
É o tipo de assunto de leitura obrigatória.




E em Minas, mera coincidência?

Ele voltou.
Quem?
O jornalismo clônico?

Na Áustria e na Alemanha, é dia de Schumacher