Imprima essa Página Mídia Mundo: 2018-08-12

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

EUA: A imprensa disse basta!


E de repente os jornais dos EUA decidiram, juntos, se revoltar. Basta de escutar palavrões do presidente Donald Trump.

Organizados pelo The Boston Globe (Boston, MA), mais de 100 (updating, são mais de 300) jornais americanos publicam hoje editoriais em nome da liberdade de imprensa e contra a tentativa de cerceamento do livre exercício do jornalismo da Casa Branca.

Cada veículo escreveu da sua forma, na sua própria cultura. E o resultado é o maior manifesto anti-Trump desde sua posse.

Uma amostra do que o bom jornalismo é capaz.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Tragédia de Gênova - A imprensa italiana



Uma ponte, uma das tantas da estrada entre o aeroporto de Gênova e a cidade, desabou ontem, deixando, pelo menos, 39 mortos. As causas ainda são desconhecidas, mas tudo leva a crer que a falta de manutenção - de responsabilidade da concessionária, que cobra pedágio para isso  - tenha sido o principal fator.

O país está indignado, a imprensa também, mas os jornais generalistas ainda têm dificuldades em acusar alguém. Já a engajada imprensa política não poupa acusações.

Il Secolo XIX (Gênova, Itália) é bastante moderado nas críticas - fala apenas dos "trabalhos infinitos".










La Repubblica (Roma, Itália) e La Stampa (Turim, Itália), dois dos principais jornais do país, medem palavras. O primeiro compara com o tempo da guerra, quando a cidade estava dividida. O segundo é apenas informativo, sem acrescentar valor.














Il Manifesto
(Roma, Itália), jornal da esquerda, não poupa adjetivos: "O Monstro de Gênova". Já Il Dubbio (Roma, Itália), jornal da comunidade jurídica, prefere a pergunta: "Era possível evitar?"













Il Giornale
(Milão, Itália), meio da direita italiana, crava: Nós sabemos que foi. Enquanto Il Fatto Quotidiano (Milão, Itália), crítico como sempre, é irônico ao dizer que o "monitoramento constante matou 26" embora pela manhã esse número já havia chegado a 39 - e fontes garantem que são 45 os mortos.
















Il Mattino
(Nápoles, Itália), indignado, fala em "absurdo", enquanto Il Tempo (Roma, Itália) prefere "vergonha".












O recente La Verità (Milão, Itália), identificado com a direita italiana, é definitivo: "Não falem de fatalidade", ou seja, está bastante claro que identificam os potenciais responsáveis. La Notizia (Roma, Itália), pequeno veículo de opinião, afirma que se trata de uma "tragédia anunciada". E Libero (Milão, Itália) diz que "assassinaram Gênova".