Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-07-08

sábado, 14 de julho de 2012

Vida curta aos jornais que se vendem

Republico aqui a coluna de ontem do meu blog no Terra Magazine.
Vale a pena pensar a respeito.


Há pouco mais de três anos afirmei nesse mesmo Terra Magazine que os jornais terão vida longa, apesar dos alarmistas que ganham rios de dinheiro dando palestras apocalípticas sobre o fim anunciado do companheiro de todas as manhãs.
Nunca tive tanta certeza assim. Os jornais terão vida muito longa e conviverão – já convivem – com as mídias digitais, cada um desempenhando o seu papel. Jornais estão mudando seu jeito de ser, isso sim. Menos notícias, mais análises. Menos páginas, mais conteúdos interessantes.
Mas há uma categoria crescente de jornais com vida curta: os jornais mal administrados, que fazem acordos com políticos. Um apoio editorial em troca de anúncios da prefeitura.

Leia a coluna completa no Terra Magazine

http://terramagazine.terra.com.br/blogdotessler/blog/2012/07/13/vida-curta-aos-jornais-que-se-vendem/

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O absurdo mora em Fortaleza


Há uma máxima no jornalismo que diz que quando o repórter é mais importante que a notícia um dos dois está mentindo.

A capa do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) é uma agressão a quem espera bom jornalismo de suas páginas.

Houve um debate entre os candidatos à prefeito municipal, mas o destaque do jornal é a transmissão pela WebTV.

Ou seja, de nada importam as propostas para resolver o problema do trânsito, da segurança, da saúde pública, da educação. O leitor do DN precisa saber que houve transmissão pela TV DN.

Isso é um dos maiores absurdos jornalísticos da história da Verdes Mares (empresa dona do Diário do Nordeste). Um desserviço ao leitor, uma vergonha pública.

Que horror, DN.

Apostar em um grande tema


Jornais que vivem sobre o muro adoram publicar diversas chamadas de capa, que confundem o leitor e servem unicamente para o diretor lavar as mãos e não precisar escolher. Por medo.

O Burlington Free Press (Burlington, VT), de uma cidade de apenas 42 mil habitantes, não tem qualquer dúvida em bancar uma única história na capa: o lucro dos distribuidores de gasolina.

Uma capa de luxo, que sirva de exemplo a jornais que insistem em salpicar dezenas de chamadas acreditando que assim começarão a interessar todos os públicos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O erro anunciado


Conforme Mídia Mundo avisou ontem, no início da tarde, era bastante previsível que alguns jornais caíssem na arapuca de repetir o que todos os leitores já sabem.

Talvez a novidade é que grandes jornais embarcaram nesse erro: Folha de S. Paulo (SP), O Estado de S. Paulo (SP), O Globo (Rio de Janeiro, RJ), Zero Hora (Porto Alegre, RS), O Liberal (Belém, PA) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) seguiram a cartilha.

Erraram na capa. Manchete velha.







quarta-feira, 11 de julho de 2012

O que virá amanhã?

Senado cassa o mandato de Demóstenes.

Notícia das 14h, um pouco antes talvez.

Como virão os jornais amanhã, 18 horas depois do fato?

Aposto uma vaga no Senado que veremos vários com essa mesma manchete de novo.


A Tribuna ganhou o Fla-Flu


Na concorrência entre os dois maiores jornais do Espírito Santo, hoje A Tribuna (Vitória, ES) se deu melhor.

A prefeitura decidiu fechar uma rua, deixando-a apenas para pedestres.

A Gazeta (Vitória, ES) publica a foto da rua. Convencional e pouco explicativa.

A Tribuna oferece ao leitor um ótimo infográfico na capa, onde até o leitor mais desavisado passa a entender tudo.

No clássico capixaba, deu AT.

Grande sacada do Diário de Pernambuco


Um jornal serve para dar voz ao cidadão. Sozinho um leitor não consegue nada. Junto com outros leitores há uma força coletiva.

Por isso o Diário de Pernambuco (Recife, PE) acertou ao destacar duas iniciativas cidadãs na capa.

Como bom jornal que é, o DDP ainda se preocupou em editar as imagens para criar um conjunto entre elas.

Bingo!

Aos poucos o Diário de Pernambuco se consolida como o mais inovador jornal do Nordeste. Vale ficar de olho.

Dica de Gustavo Acioli, via FaceBook

terça-feira, 10 de julho de 2012

Três anos de Mídia Mundo

E lá se foram três anos desde que uma brincadeira virou site de referência para jornalistas.

Mídia Mundo nasceu em 10 de julho de 2009 para dividir opiniões com colegas, hoje é leitura obrigatória de quase duas mil pessoas todos os dias. É forum de debates, local para troca de ideias, palco de bons exemplos - e algumas pisadas na bola.

Para comemorar o terceiro aniversário, um novo banner.

O novo modelo é de autoria do designer Edson de Melo, um talento que há alguns anos deixou o Sul Maravilha para espalhar criatividade em Porto Velho, Rondônia.

Seus trabalhos estão neste blog.

Obrigado pela companhia nesses três ótimos anos!

Eduardo Tessler

Golaço de Zero Hora


O jornal Zero Hora (Porto Alegre, RS) ensina hoje como fazer jornalismo de qualidade de uma forma simples.

Por 15 dias cuidou os passos da recepcionista de um deputado gaúcho.

A moça, que recebe quase R$ 25 mil mensais da Assembleia, passeia com um cachorrinho durante o suposto expediente.

Acertou em cheio Zero Hora. Apenas cuidou para que o funcionalismo público cumpra com o que é devido. Simples e bem feito. Com fotos, para não deixar dúvidas.

Jornal é também um orgão de defesa do cidadão. Por isso ganha leitores-parceiros.

Usos perversos de um jornal - IV


Para que serve um jornal?

Mais um capítulo da ótima série levada pelo Heraldo de Soria (Soria, Espanha).

PS: Dica do amigo e colega Antonio Martín


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Jornalões pisam na bola


Os jornalões paulistanos definitivamente abrem mão do DNA local.

Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) dedicam a maior foto da capa à vitória de Roger Federer em Wimbledon.

Federer é brasileiro? Não, é suíço.

Wimbledon fica no Brasil? Não, na Inglaterra.

Aconteceram coisas no Brasil mais importantes para o brasileiro do que o tradicional torneio de tênis? Pelo menos duas mãos cheias.

Folha e Estadão consolidam a desconexão total com o leitor.

Atitudes como essa auxiliam na queda de circulação.

Não deu, Murray


A MurrayMania foi longe, mas esbarrou no talento do suíço Roger Federer.

O encanto foi quebrado, como mostram as capas britânicas de hoje.