Imprima essa Página Mídia Mundo: 2009-10-25

sábado, 31 de outubro de 2009

Três boas histórias do Canadá

O jornalismo do Canadá está em ótima forma.
Hoje três jornais de cidades diferentes trazem ótimas reportagens, de leitura obrigatória.
O National Post (Toronto) busca os traços de uma simpatizante muçulmana que se converteu ao islamismo e sumiu.
O Ottawa Citizen (Ottawa) revela os bastidores da falência da Nortel.
Enquanto o Winnipeg Free Press (Winnipeg) desvenda os mistérios do crime que abalou a cidade.
Reportagem pura, grandes histórias.

A imagem não mente

O Estado do Paraná (Curitiba, PR) fala em "tráfego intenso" e apresenta uma foto rasgada de um trânsito normal. Pode ter sido tirada em qualquer dia.
Já o vizinho Diário Catarinense (Florianópolis, SC) não fala do trânsito em títulos, mas publica uma foto que não permite qualquer interrogação.
Isso sim é tráfego intenso.



Um Halloween clichê

É hoje!
A festa das bruxas, que assusta a sociedade americana, chegou.
Mas os jornais teimam em não inovar.
Há pouca criatividade, muita repetição de idéias.
Poucas, honrosas, exceções.











A Tribuna mostra porque é líder no ES

A foto de Marcelo Andrade é definitiva: não resta qualquer dúvida do que foi a chuva que inundou Vitória e região. A Tribuna (Vitória, ES) sobre utilizar a imagem e satisfazer o desejo de informação dos leitores.
Já o concorrente A Gazeta (Vitória, ES) parece ter cansado de apostar em chuvas. Deu manchete para o provável perdão do juro na dívida e tentou inovar na cobertura do dilúvio.
Não conseguiu.
Para uma calamidade como a chuvarada capixaba, nada melhor do que uma grande imagem. Bem aberta.
Ponto para A Tribuna.




sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Claro como água cristalina


O jornal The Palm Beach Post (Palm Beach, FL) ensina como ser eficiente em passar uma mensagem na capa.

A economia americana retomou o crescimento, mas o Sul da Florida segue em situação de crise.

Gráficos claros, rápidos, limpos. Não há espaço para dúvidas.

O gol - chorado - da Folha no Estadão

Esqueça a metade de cima dos dois jornalões de São Paulo hoje. Na ânsia de querer ser "importante", ambos investem na imagem da continência de Obama, como se não houvesse nada mais realmente importante no Brasil.
Na metade de baixo, fechando um olho para o anúncio, está o gol da Folha de S. Paulo (SP) sobre O Estado de S. Paulo (SP). A história da estudante expulsa da Uniban por suas roupas, consideradas "inadequadas".
O Estadão trata o assunto como fato, "Estudante sofre asédio em massa" diz a chamada, com uma foto sem grandes atrativos.
Já a Folha, em uma foto de Marlene Bergamo, aposta no olhar da moça. Close em seus olhos. Pupilas dilatadas. Uma imagem genial, como genial é o título "A olho nu".
O que faltou à Folha para brilhar? Considerar que essa era a imagem do dia, e não Obama e seus soldados mortos.
Mesmo assim a Folha bateu o Estadão. De novo.

Inteligência e humor em Las Vegas


Na terra do jogo, é preciso não fugir à regra na imprensa.

Para comemorar o Nevada Day, o Las Vegas Sun (Las Vegas, NV) montou um quiz bem humorado, que tenta medir o conhecimento e o amor do leitor pelo Estado.

Nem só de coisas tristes e duras vive um jornal. A inteligência de um meio de comunicação é estar lado a lado com o leitor. Em estado de espírito também.

Amanhã é Halloween

A invasão do Halloween sobre as páginas dos jornais atravessou fronteira, está também no Canadá.
O jornalismo-clichê exige fotos de abóboras e monstros.
Se hoje já está assim, amanhã um dia monotemático.



Exagero em Luxemburgo


O Point24 (Luxemburgo) perdeu o respeito pelo seu bem mais sagrado, a capa.

A capa deve transmitir o que há de mais importante na edição, é o motor de venda, de comunicação com o leitor e o potencial leitor.

Por isso muitos jornais limitam a venda de espaço publicitário na capa a 20% ou 30%, salvo honrosas exceções, que sempre representam muito dinheiro no cofre e muita incomodação com os leitores.

A propaganda que domina quase 90% da capa do Point24 é um exagero.

As duas faces do Maranhão

O leitor do Maranhão só pode ficar louco, perdido, tonto.
Chega na banca e olha os dois jornais: O Estado do Maranhão (São Luís, MA) fala que a governadora reajustou os salários dos professores. O Imparcial (São Luís, MA) diz que os profesores reagem.
Quem tem razão?
O Maranhão é um estado em que os jornais assumem, sem admitir, correntes políticas. OEM pertence à família Sarney, ou seja, o presidente do Senado, a governadora e quem mais ostentar o sobrenome. Já OI faz oposição a tudo que começar com "Sar" e terminar com "Ney".
Nessa briga de cachorro grande, perde o leitor.
Perde o Maranhão.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O novo site da Innovation


Demorou, mas chegou.

O novo website da Innovation Media Consulting Group está no ar.

A primeira versão, somente em inglês, foi desenvolvida pelo vice-presidente da Innovation, Juan Señor, em parceria com o designer Ian Cocknurn

Vale conferir.

A foto que segura a capa


É preciso ter sensibilidade e imaginação para entender as imagens.

O fotógrafo Steve Heaslip, do Cape Cod Times (Hyannis, MA), viu a cena inusitada de um grupo de patos mergulhando em um lago de frutas silvestres.

A foto ganhou capa. Sem matéria, só com legenda. E o título segue na linha criativa: sopa de pato.

Vem aí Halloween (IV)

Faltam apenas dois dias para o Halloween.
Os jornais americanos apelam para as abóboras.

Faltou dizer o que interessa


O Jornal de Limeira (Limeira, SP) traz hoje uma matéria sobre a polêmica saída de um padre local da Catedral da cidade.

Os assuntos que envolvem dioceses, cúria, Vaticano, são sempre cheios de mistérios. Esse não foge à regra.

O JL conta o que aconteceu em um programa de rádio, quando o vigário-geral de Limeira anunciou a mudança e o padre questionou, ao vivo, a versão. Segundo o padre, é preciso "revelar a verdade" aos fiéis.

Que verdade é essa? Isso o vigário não diz. Nem o padre. Muito menos o JL.

Um jornal serve exatamente para isso: esclarecer. Se o Jornal de Limeira não consegue responder a dúvida, não tem competência para revelar a tal verdade, não deveria apostar tanto no assunto.

Passou recibo.

O foguete e suas versões

O foguete Ares I-X foi para o espaço.
As fotos, como sempre, são ótimas. Mas é preciso saber valorizar a imagem.
Nesse conjunto da obra, foi o The Huntsville Times (Huntsville, AL) que soube utilizar melhor o material. Os demais são mais do mesmo.

O que houve com o Estadão?

Se há um jornal que cresceu com os escândalos do Senado é O Estado de S. Paulo (SP). Cresceu na confiança de seus leitores, no respeito dos anunciantes, na admiração da concorrência. E perturbou tanto a paz da família Sarney que ganhou censura.

Bem, agora parece que o Estadão está se distanciando do seu público. A manchete e o espaço editorial na capa de hoje ao atentado no Paquistão é um exagero ímpar. Nem os jornais conhecidos por prestarem muita atenção aos fatos de todo o mundo, como The New York Times (NY) e El País (Madri, Espanha) valorizaram tanto assim o fato.

E o The Washington Post (Washington, DC), que poderia ter apostado no fato, uma vez que envolve a diplomacia americana e a secretária de estado Hillary Clinton, desdenhou.

O que está acontecendo com o Estadão?



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A última loucura de Araçatuba

Olhe bem os quatro primeiros jornais abaixo. Todos são da Florida, onde o presidente Barack Obama inaugurou ontem o Centro de Energia Solar de Arcadia.
Até aí, nada de especial. Fotos curiosas do presidente no Estado.
Mas a quinta capa é realmente estranha. A Folha da Região (Araçatuba, SP) decidiu rasgar de lado a lado uma foto sem grandes emoções de Obama no Centro. O corte é ruim, o tema não é envolvente e Arcadia não fica próximo de Araçatuba.
Não dá para entender o que acontece na redação da Folha.