Imprima essa Página Mídia Mundo: 2010-01-24

sábado, 30 de janeiro de 2010

Miss Hughes em todas as capas


Clara Hughes é orgulho canadense. Medalha de ouro em patins. Agora foi escolhida para carregar a bandeira do Canadá na abertura dos Jogos Olímpicos de inverno, que começam dia 12 em Vancouver.
Hoje só deu Clara Hughes nas capas do Canadá.




Um sábado Não da imprensa paulistana


Energia Venezuelana, como arrisca a Folha de S. Paulo (SP)?
Economia americana, como aposta O Estado de S. Paulo (SP)?
Em matéria de manchetes, o sábado é um dia para apagar da semana em São Paulo.

Jobs é o cara


A mais respeitada revista do mundo rendeu-se ao mídas da tecnologia moderna.

A The Economist (Londres, UK) dedica a capa desta semana a Steve Jobs, o cérebro da Apple, e sua nova criatura, o iPad.

E lembrar que a maioria dos jornais desdenharam do lançamento do tablet.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A melhor pauta do ano


Atenção Maranhão, atenção Norte e Nordeste, atenção imprensa brasileira: sem querer o jornal O Estado do Maranhão (São Luís, MA) lançou a melhor pauta do ano.

Se a governadora e acionista do OEM Roseana Sarney vai aos EUA fazer check-up é hora do bom jornalismo entrar em ação:

Por que não fazer check-up em São Luís? É muito ruim? Mas se Roseana é a governadora, não parece estranha a opção EUA? Então os maranhenses "comuns" podem ser atendidos pela rede pública - ou privada - do Maranhão, mas a governadora não? Como é o cotidiano dos hospitais de São Luís? E do interior do Maranhão?

Que pauta sensacional!

A foto do dia


E ainda existem editores que obrigam fotógrafos a mostrarem os rostos em todas as imagens.

O The Globe and Mail (Toronto, Canadá) ensina que nem sempre deve ser assim.

A saborosa aposta do WPost


Nem só de economia e política vive o The Washington Post (Washington, DC), jornal de referência da capital dos EUA.

Obama à parte, a aposta do dia é em Tai Shan, o simpático panda do zoológico de Washington que tem viagem marcada para a próxima quinta-feira para a China.

A fantástica reportagem revela as regalias do panda, como ter um Boeing 777 apenas para ele e um staff de oito pessoas.

Primeira classe, primeiríssima classe. A viagem de Tai Shan e a matéria do WPost.

A mesma foto do apanhador do campo

É verdade que J. D. Salinger, escritor recluso que teve sua morte noticiada ontem, nunca foi amigo das fotografias. Seu universo de imagens é minúsculo.
Mas a coincidência de os concorrentes The Times (Londres, UK), The Guardian (Londres, UK) e The Daily Telegraph (Londres, UK) rasgarem a mesmíssima foto do autor de O Apanhador no Campo de Centeio é impressionante.


O susto de Lula - Como ser moderno

Há inúmeras maneiras de agregar valor à informação do susto de Lula. Elementos que valorizam um jornal, que justificam sua compra, que vão bem mais além da notícia.
O Diário de Pernambuco (Recife, PE) trabalha sobre o risco de hipertensão no cidadão comum. Os perigos da doença que atinge 17 milhões de brasileiros, não apenas o presidente.
O Liberal (Belém, PA) regionaliza o problema de Lula e fala sobre os 20% de paraenses que apresentam pressão alta.
E a Folha de S. Paulo (SP) mantém-se no problema de Lula, mas joga para o futuro, para a agenda do presidente que a partir de agora deverá ser mais moderada, bem como seus hábitos.
Os três jornais souberam usar a informação básica como pano de fundo e agregaram valor à notícia. Isso justifica o investimento em um exemplar de jornal.


O susto de Lula - Como ser antigo

Se há uma informação que qualquer leitor do Brasil NÃO precisa receber em seu jornal é que o presidente Lula sofreu uma crise de hipertensão e cancelou a viagem à Suíça.
Isso aconteceu na noite de quarta-feira. Hoje é sexta-feira.
Bons jornais vão além. As 36 horas que separam o susto de Lula e a chegada do exemplar do jornal à casa do assinante são suficientes para que os jornais criativos, que pensam no leitor, dêem um passo a mais do que apenas noticiar o problema.
Para isso serve um jornal: a análise, a consequência, o algo a mais.
A notícia esteve em todos os canais de TV, em todas as estações de rádio e em todos os websites ontem, durante o dia inteiro.
Os três jornais abaixo, O Estado de S. Paulo (SP), Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Pioneiro (Caxias do Sul, RS) são apenas exemplos do que um jornal NÃO deve fazer.
Mas eles fizeram.
E depois querem cobrar do potencial leitor para ler notícias velhas.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O melhor dos iguais

O presidente americano Barack Obama fez ontem à noite o acerto de contas anual com o Congresso, o discurso State of the Union.
Era esperado, se sabia qual seria o tema-chave (empregos) e todos os jornais tiveram tempo para se preparar.
Mas todos - todos - fizeram o mesmo.
Entre os maiores, The New York Times, The Washington Post, USA Today, Chicago Tribune, Los Angeles Times e The Atlanta Journal-Constitution estão praticamente idênticos.
Precisou o pequeno Las Vegas Review-Journal (Las Vegas, NV) ensinar como se faz para não ser apenas mais um. Uma edição de luxo para um tema que todos tinham igual.




Todos falam do iPad - O estilo i


O jornal i (Lisboa, Portugal) está para o jornalismo impresso europeu assim como o iPad está para o mercado dos computadores portáteis.

Revolucionário. Provocativo. Fácil. Direto. Desburocratizado.

Por isso o i adotou a ideia do tamanho real da criação da Apple na capa e questiona se vale a pena ter um.

Nessa o i errou, foi mais conservador que de costume.

A resposta é fácil: sim, vale muito a pena. Claro que vale. O iPad em pouquíssimo tempo estará incorporado aos hábitos de quem faz a tecnologia trabalhar a favor. Inclusive os portugueses.

Todos falam do iPad - O Brasil no caminho


Depois da falha editorial da Folha de S. Paulo (SP) ontem, atestando a prática do piloto-automático, hoje os diários brasileiros correram atrás.

E esse é o problema: os jornais brasileiros estão sempre atrás, quando deveriam estar à frente.

O Diário do Comércio (SP) conseguiu apresentar o iPad a seus leitores de uma forma criativa.

Os demais foram burocráticos.

Todos falam do iPad - Show, don't tell

Se a maior novidade é o tamanho, a praticidade do iPad, mostre isso ao leitor.
O San Jose Mercury News (San Jose, CA) e o Oakland Tribune (Oakland, CA) acertaram em cheio. A foto da tablet em tamanho natural.
Mostre, não conte.

Todos falam do iPad - A criatura

Steve Jobs é o rosto, mas o iPad é a novidade.
A máquina é o que vai alterar os costumes.
Toda atenção à invenção da Apple.
Hoje é dia de descobrir o iPad.


Todos falam do iPad - O criador

Steve Jobs, o cérebro da Apple, é o personagem do dia.
Criador e sua mais recente criatura, o iPad (que nasceu iSlate e foi rebatizado aos 45 do segundo tempo).
Está nas capas de todos os países.





quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Para seguir o lançamento do iSlate


Minuto a minuto, desde São Francisco, pelas mãos e cabeça de Juan Antonio Giner:

Tabletmania

É em espanhol, mas vale a pena seguir.

Folha de S. Paulo, desconectada do leitor

Há uma revolução marcada para hoje.
Às 11h, hora de São Francisco (California), o todo-poderoso Steve Jobs vai anunciar o que se especula ser o mais impressionante computador portátil da história. Leve, livre e solto.
O iSlate, da Apple, é mais esperado que o iPhone, o telefone preferido dos jovens, que provocou filas nas Apple Stores pelo mundo. Será mais surpreendente que o iPod, que permitiu ao usuário decidir pela sua própria música.
Pois mesmo com toda a expectativa anunciada, a esmagadora maioria dos jornais ignoraram o lançamento que vai revolucionar a mídia e o mundo das comunicações.
Mesmo o San Jose Mercury News (San Jose, CA), ligadíssimo em novidades tecnológicas, dedicou pouco espaço. No Brasil quem melhor soube prestar atenção à novidade foi o Diário Catarinense (Florianópolis, SC), com uma chamada segundária na capa. No mundo, o Tampa Bay Times (Tampa, FL), sintonizado com leitores jovens, conseguiu traduzir a expectativa na capa.
O pior do Brasil acabou sendo a Folha de S. Paulo (SP), que diz sempre estar conectada com os novos leitores. Que conectada, que nada.
A Folha conseguiu cometer o absurdo de seguir o piloto-automático em vôo em direção a uma montanha. Publica hoje um caderno de Informática em que o maior destaque é...problemas com o Internet Explorer.
A revolução acontece com hora marcada, para facilitar a vida da imprensa, e o maior jornal brasileiro fala de um navegador!
Decisões editoriais como essa decretam a morte de um jornal. Os brasileiros, em geral, estão muito mal. A Folha de S. Paulo acaba de entrar na UTI.

A grande foto faz toda a diferença

Pelo menos hoje os jornais Agora (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) têm um ponto de semelhança: o impacto de suas fotos. O sofrimento das pessoas para enfrentar os alagamentos é exatamente o que o paulistano sente nessa hora. E jornal é reflexo de sua sociedade.
A diferença destes dois com Diário de S. Paulo (SP) e Jornal da Tarde (SP) é brutal pela força da imagem. Bombeiros na água não é o mesmo que gente, populares. E uma rua sem pessoas, por mais que a água mostre sua potência, perde de goleada para fotos com cidadãos.
A grande foto não pede licença.