Imprima essa Página Mídia Mundo: 2018-04-29

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Bom e mau exemplos


O que fazer para tratar um tema nacional (o desabamento de São Paulo) com relevância local?

A Gazeta (Vitória, ES) trabalha bem, falando das famílias em situação semelhante, de risco, na cidade.

O Liberal (Belém, PA) ensina como não se deve fazer. Trata o tema como uma notícia, utilizando só material de agências, como se seu leitor desconhecesse o fato. 

Jornais para ninguém no dia seguinte de São Paulo


Deve ter sido o feriado de Primeiro de Maio. Só pode ser. Ou como explicar o pouco que os jornais de São Paulo avançaram para explicar a tragédia do desabamento?

Folha de S. Paulo (SP), O Estado de S. Paulo (SP), Metro (SP) e Agora (SP) foram extremamente conservadores na cobertura de hoje.

Nenhum aponta motivos para que alguém compre um exemplar mais de 24 horas depois do fogo no centro da cidade.

Ou seja, os jornais da cidade não cumpriram seu papel.


segunda-feira, 30 de abril de 2018

O piloto-automático dos jornais da RBS


A RBS é uma empresa moderna, que sempre procura antecipar-se em tendências. Semana passada, por exemplo, anunciou a integração das redações de seus produtos impresso, digital e rádio - independentemente dos motivos.

Apesar da alegada vanguarda, a empresa escorrega no conservadorismo de duas de suas principais marcas: os jornais Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS). Faça sol ou chova canivetes, o manual de jornalismo-clichê da RBS exige que nas capas de segunda-feira seus jornais publiquem "com o mesmo peso" os jogos de Grêmio e de Inter. Com fotos.

Acontece que o Grêmio jogou sábado à tarde. E hoje é segunda-feira. A RBS pensa que seus leitores ainda vivem em cavernas, alheios à TV, ao rádio e à Internet. Também à roda de amigos.

Não tem cabimento. O piloto-automático segue valendo no Sul do Brasil. E os especialistas em audiência da empresa não entendem os motivos para que a circulação venha caindo assustadoramente entre os jornais.