Os jornais baianos tinham um prato cheio na mão: o assassinato do menino da capoeira, que conquistou a Bahia em um vídeo institucional na TV. Duas balas perdidas abortaram seu sonho.
Lamentavelmente os jornais não conseguiram retratar nas capas o drama do fato.
Primeira conclusão: manchete dividida, com metade no alto da página e metade na parte baixa, não funciona. O
Correio* (Salvador, BA) tentou, mas não deu certo.
Segunda conclusão: a calça curta suja de sangue funciona, desde que a edição não seja tão poluída como fez
A Tarde (Salvador, BA), ao aplicar legenda sobre a imagem e ainda título e outra foto, tudo por cima.
Terceira conclusão: uma imagem para ganhar peso precisa fazer pensar. A foto do pai de Joel, na capa do
Correio*, não chega a tanto. É boa, mas falta emoção.
Quarta conclusão: quando se tem o tema do dia, que será conversa de botequim em Salvador, deve-se apostar de verdade nele, como fez o
Correio*. Faltou em
A Tarde a coragem de dizer aos leitores: essa é minha aposta.
Perna, perderam a oportunidade.