Imprima essa Página Mídia Mundo: 2016

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Grande ideia em Blumenau


Se você falar em 700 roubos em residências, parecerá um número qualquer. Se traduzir isso em mais de dois roubos por dia, talvez passará a ideia de que não foi muito.

O Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) contou a mesma história com a quantidade de objetos roubados. 181 notebooks, 20 tablets e 264 TVs chamam muito mais a atenção. O leitor se identifica.

Exemplos como o do Santa mostram que a nova missão do jornalista é ser criativo, pensar fora do habitual. Se é cada vez mais difícil ter o grande furo nas mãos, o entendimento do fato e tradução ao público-alvo é o talento necessário.

Valeu!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cuidado com o desenho do site


Estava no site de El País (Madri, Espanha) há pouco: o desenho pré-determinado do site faz com que a informação da foto não tenha relação com as chamadas da direita. O título da foto é o de baixo.

Até aí tudo bem, se o editor da capa tivesse um pouquinho mais de cuidado.

Sem se preocupar, publicou a chamada do Rei Juan Carlos ao lado da foto do assassinato do Embaixador.

A lambança espanhola só não foi maior porque uma hora depois novas notícias empurraram a nota do Rei para baixo.



PS: colaboração do antenado Chus del Rio

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Quatro visões para a queda do Inter à Série B



O sentimento dos colorados está bem claro na capa do Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS): vergonha.

Mas o drama colorado está também fora do RS, no Metro (Brasília, DF) e em O Liberal (Belém, PA), por exemplo, que exageraram ao falar da equipe gaúcha.

Curioso é o Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS), que fala do Inter, mas exagera nos espaços em branco na capa. Será um branco da paz aos colorados?

Isso é sério?


O Diário da Manhã (Goiânia, GO), pequeno jornal que semana sim-semana não dá sinais de que vai fechar por falta de caixa, apela ao sobrenatural para tentar se equilibrar.

A manchete de hoje é... Chico Xavier.

Aproveitou para elogiar sem maiores motivos o governador do Estado e o novo prefeito. Quem sabe alguma publicidade institucional ajuda a pagar as contas?

Vida difícil a dos jornais.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Primeiro gol do Spotlight da RBS


O jornalismo de breaking news (notícias puras e duras) morreu nos jornais em papel. É insano publicar aquilo que todo o mundo já ficou sabendo pelas mídias mais rápidas - e querer cobrar por isso.

A solução para que os jornais voltem a ser necessários é buscar o diferente, o por quê, a análise. E o exclusivo, a investigação.

Hoje Zero Hora (Porto Alegre, RS) sai com o primeiro resultado do seu grupo de investigações. Boa pauta, bom resultado (o erro é querer segurar o leitor publicando informações em conta-gotas, até sexta-feira, mas aí é outro problema).

É preciso agora seguir buscando bons tema e azeitar a conexão digital.

Para se acompanhar de perto.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Tragédia da Chape - Os melhores


Na morte é preciso ser sensível.

Extra (Rio de Janeiro, RJ) e O Povo (Fortaleza, CE) conseguiram. O branco foi fundamental, trouxe a pureza.

Sensível também foi o esportivo bem humorado Olé (Buenos Aires, Argentina), com seu trocadilho e uma charge genial. Com enorme respeito.


Tragédia da Chape - Boas ideias, mal executadas

Para que a palavra "dor" na capa do Diário Catarinense (Florianópolis, SC)? Será que a foto em P&B não bastava?

Por que a lágrima da capa do Lance (SP) ficou tão falsa? A arte não poderia ter ajeitado um pouco?

E qual o motivo para a emoção da foto de A Notícia (Joinville, SC) não funcionar?

Quando se cria uma capa, é preciso entender o conjunto da obra. Analisar, repensar e refazer. Ou boas ideias podem ficar pelo caminho.




Tragédia da Chape - Os piores


Incrível como em pleno 2016 dois dos maiores jornais do Brasil ainda conseguem cometer capas absurdas no dia seguinte à pior tragédia do esporte brasileiro.

Achar que o leitor será surpreendido pela manchete é uma ideia que deveria ter caído junto com o Avro, nos arredores de Medellín.

Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) erram uma vez mais ao comportarem-se como se fossem os donos da notícia.

Em 1950 era possível. Hoje não. Os leitores da Folha e do Estadão estão verdadeiramente de luto.

domingo, 27 de novembro de 2016

Adeus, Fidel - Cuba


As capas históricas de Granma (Havana, Cuba) e Juventud Rebelde (Havana, Cuba).

Essas estarão nos museus da ilha.

Adeus, Fidel - América Latina

Na América Latina Fidel Castro é um personagem de presença garantida nas capas.


Adeus, Fidel - E no Brasil...


Curiosíssima a manchete da Folha de S. Paulo (SP). É ipsis litteris o tweet de Donald Trump para anunciar a morte de Castro.

E não diz nada 24 horas depois do ocorrido...

Adeus, Fidel - Estados Unidos



O jornalismo sério do The New York Times (Nova York, NY) e do The Washington Post (Washington, DC) e o jornalismo comemorativos dos jornais da Florida.


Adeus, Fidel - África e Austrália


Do outro lado do mundo também só se fala em Fidel.

Adeus, Fidel - Reino Unido e Turquia


Capas fortes no Reino Unido e na Turquia.

Adeus, Fidel - Portugal, Itália e França


O sonho da Revolução e seu ícone, segundo portugueses, italianos e franceses.