Imprima essa Página Mídia Mundo: 2009-09-13

sábado, 19 de setembro de 2009

A ousadia do conservador

O The Times (Londres, UK) não se cansa de estar permanentemente inovando.
O jornal de mais de 200 anos, lido pela aristocracia inglesa, agora traz uma história em quadrinhos na capa para explicar a dívida pública.
Sensacional!

A anti-foto do dia

A imagem rasgada de O Popular (Goiânia, GO) não diz nada e ocupa o espaço mais nobre da capa.

A foto do dia

Não é preciso traduzir a legenda do Politiken (Copenhague, Dinamarca) para entender o que o urso está comendo.

Histórias de gente

Os canadenses sabem o que o leitor espera de um jornal.
Gente.
História de pessoas.
Aventuras, vida.
Seja de uma mulher do Afeganistão ou de um terrorista do Yemem.
Por isso os concorrentes The Globe and Mail (Toronto, Canadá) e Toronto Star (que aos sábados aparece como Saturday Star - Toronto, Canadá) publicam histórias sensacionais hoje.
Histórias de gente.

Qual é a nova cara do Brasil?

O IBGE divulgou pesquisa sobre o novo perfil do brasileiro: hábitos, características, nível econômico e social.
Aí o Diário de Pernambuco (Recife, PE) e o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) tiveram a mesma idéia: a nova cara do Brasil.
Só que enquanto o DP encontrou um menino que resume as novas caracterísitcas que aparecem na pesquisa, o EM publicou a história de uma senhora que pouco tem a ver com essa "nova cara", salvo ter comprado um notebook e uma TV.
Acertou o Diário, errou o Estado.


Esqueceram do tema do dia

O presidente Lula passou algumas horas no Rio Grande do Sul ontem.
Foi lançar obras de uma nova rodovia.
Mas o grande fato foi a ausência da governadora Yeda Crusius, atolada em escândalos.
Yeda preferiu cumprir agenda pelo interior do Estado.
Esse é o tema do dia. Tema dos programas de rádio. Tema dos comentaristas de TV. Tema das conversas de bares.
Só não é, estranhamente, tema das capas dos jornais gaúchos.
O mesmo havia ocorrido na véspera, no Paraná.
Mas naquele Estado um jornal - do interior - soube encarar o problema de frente.
No Rio Grande, nenhum.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Em 5 anos, sites de jornais só crescem nos EUA

O estudo é da Nielsen e compara a primeira metade de 2004 com a primeira metade de 2009.
Nesses cinco anos, os sites de jornais dos EUA dispararam:
* De uma média 41.147.206 usuários únicos mensais para 71.831.867.
* De 9,6 bilhões de pageviews para 20,3 bilhões de pageviews.
* De 39,2 páginas mensais por usuários para 47,2 em 2009.
* De 35 minutos e 40 segundos por usuário para 41 minutos e 30 segundos.
O artigo completo está no MediaPost.


Palmas para o bom jornalismo

Até no Canadá tem disso.
Um repórter do Toronto Star (Toronto, Canadá) conseguiu licença para trabalhar como agente de segurança e investigador privado.
Bastou pagar Can$ 160.
Nenhum treinamento. Nenhum teste. Nada.
Só o pagamento.
Com o aval do governo em mãos, o Star tripudiou: "Quem fiscaliza os fiscais?"

Enquanto isso na Rússia...

Uma saborosa sardinha, segundo o Chelyabinsky Rabochy (Chelyabinsk, Rússia).

Popular e de qualidade

O Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC) é o popular da RBS em Florianópolis, um fenômeno de vendas.
Mas o Hora não apela para mortes e mulheres nuas e sim para problemas da cidade.
A brincadeira com os três erros na capa de hoje é exemplar.
Criatividade pura.

Infografia merece primeira página

Não há nenhum elemento mágico ou difícil nessas infografias que El Universal (Caracas, Venezuela) e The Boston Globe (Boston, MA).
Tudo muito fácil, que qualquer profissional de arte tem condições de fazer.
Mas ambos são muito informativos, rápidos, diretos.
Por isso estão nas capas.

Capa infeliz

O jornal A Tarde (Salvador, BA) lançou novo projeto gráfico há menos de um mês e já é preciso revisá-lo.
Ou pelo menos prestar mais atenção no fechamento.
A enorme foto do ex-pugilista Popó ao lado da manchete sobre prisões não deixa qualquer dúvida: segundo A Tarde, Popó é um dos 16 presos por pirataria.

Um jornal que espelha a comunidade

Perry é uma pequena cidade em Oklahoma com pouco mais de 5 mil habitantes.
A "Grande Perry" tem perto de 16 mil pessoas, o equivalente à população de uma rua cheia de edifícios em São Paulo.
Pois Perry tem um jornal, o Perry Daily Journal.
Como a cidade comemora hoje 116 anos, o PDJ fez uma edição como se estivesse em 1893.
O resultado é ótimo, sob medida para a comunidade de Perry.

O gol no Paraná vem de Maringá

Um jornal precisa ir além do fato.
O que está em cima da mesa é público.
Difícil é encontrar o que está debaixo da mesa.
Essa é a missão de um bom jornal.
Foi isso que O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) conseguiu na cobertura da visita do presidente Lula ao Estado.
Foi bem melhor que os grandes jornais da capital.
A pose do juiz cego é pano de fundo.
Curioso é revelar que o governador Roberto Requião fugiu para não encontrar o presidente.
Requião é o mesmo que comeu mamona por engano (veja vídeo abaixo).



Comparando concorrentes - Paraná

O líder Gazeta do Povo (Curitiba, PR) vende mais que o dobro de O Estado do Paraná (Curitiba, PR), mas os dois ainda têm muito espaço para crescer.
Nas capas de hoje, duas ocasiões perdidas.
A Gazeta traz uma excelente foto do presidente Lula apoiando a cabeça no ombro do primeiro juiz cego do Brasil, Ricardo Marques da Fonseca.
Genial! Não é sempre que se encontra o presidente assim.
Só que inexplicavelmente publica uma segunda foto de Lula, posando com os cartolas do Coritiba.
A segunda foto enfraquece a primeira. Faltou convicção do editor em bancar a grande imagem do presidente. Não há explicações.
Enquanto isso, o Estado foi no convencional. Não arriscou. Não se comprometeu. Também não apresentou nenhum atrativo para o leitor comprar um exemplar.
Perderam a chance de brilhar na sexta-feira.


Comparando concorrentes - Ceará

O Povo (Fortaleza, CE) e o Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) disputam exemplar a exemplar a liderança no Ceará.
A cor do logo é diferente - azul e verde - mas os dois optam por fundo amarelo em chamadas secundárias.
Hoje os dois trazem a mesma manchete, com sutis diferenças.
O DN faz questão de dar o sujeito da ação, o "Governo", o que agrada governistas, mas é totalmente dispensável.
OP acrescenta um "Ceará" no final. E acerta na mosca.
Quem ler a capa do Diário poderá ter a nítida sensação que o perdão foi para 140 mil brasileiros.
A mensagem de O Povo, porém, é bem mais clara.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O site do futuro, segundo Microsoft


















Acostume-se com este modelo.
Por enquanto é apenas um protótipo, mas não será surpresa se rapidamente essa idéia integradora estiver disponível e bem aceita por quem costuma navegar na Internet.
Notícias, Twitter, Facebook, vídeos, fotos, podcasts, e-mail, RSS, tudo em um só lugar.
O protótipo foi desenvolvido pela Sobees, com as idéias da Microsoft, e ainda será aperfeiçoado.
Mas é ótimo ter todas as necessidades em um só lugar.
A notícia está no site do Nieman Journalism Lab.

Mais um furaço do The Guardian


O bom jornalismo ainda tem vez.

O The Guardian (Londres, UK) demonstra de novo que reportagem exclusiva tem lugar de destaque sempre.

Um furo de deixar a concorrência trêmula.

A íntegra está no site do Guardian.

Algo mudou na Alemanha



O simpático boneco risonho da esquerda avisa: "Energia atômica? Não, obrigado".
Virou símbolo do movimento antinuclear.
Mas agora o Rhein-Zeitung (Koblenz, Alemanha) apresenta a nova versão do boneco.
Algo mudou na Alemanha.
E o jornal captou.

A volta das boas histórias


A menina Emily Monforto, 3 anos, assistia a uma partida de beisebol do The Philadelphia Phillies quando uma bola arremessada caiu nas mãos de seu pai, Steve.

Era tudo o que ele queria, poder levar a bola de recordação para casa.

Mas aí Steve entregou a bola para Emily que, imediatamente, arremessou outra vez para o court.

Tudo isso ao vivo pela TV.

Bastou para que Emily virasse celebridade.

A história da família Monforto está na capa do Courrier-Post (Cherry Hill, NJ) e seu vídeo até no site da Major League Baseball.

O bom jornalismo volta a contar histórias.

Simples, rápido e eficiente

O Victoria Advocate (Victoria, TX) é um primor em ser útil ao leitor.
Há uma invasão de insetos na cidade.
Imediatamente o jornal informa o que fazer em caso de ataque de abelhas e oferece um interessante quadro com 10 coisas que o leitor precisa saber sobre grilos.
Fantástico!
Se os insetos perturbam a cidade, nada melhor que falar deles.
Na capa.

Chances perdidas

Dois jornais do interior paulista tinham uma ótima ocasião de surpreender em suas capas.
O Jornal da Cidade (Bauru, SP) traz uma sequência de fotos da implosão de um posto de pedágio.
Mas a edição castigou tanto essas imagens que melhor era não publicá-las.
Como enxergar movimento nas fotos se estão confinadas a duas colunas, esmagadas por outras seis imagens?
Nesse caso, ou trata-se a sequência como imagem principal da capa, ou melhor publicá-la apenas nas páginas internas. O JC matou o material que tinha.
Já a Folha da Região (Araçatuba, SP) quis mostrar a cheia no reservatório de uma usina.
Só que não compara a foto com nenhuma outra e a imagem não deixa claro se há muita ou pouca água.
A distância da lâmina da água até a estrada ainda é grande, o prédio da usina está bem visível e o barqueiro que aparece na foto parece um ser minúsculo.
Ou seja, a foto, por si só, não funciona.
Perderam uma boa chance os dois jornais.

Emprego, emprego e emprego

Poucas vezes uma notícia de balanço teve tanto eco na imprensa.
Saiu a notícia que a geração de mepregos cresceu no Brasil.
Virou manchete da grande maioria dos jornais.













quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A arte salva uma capa

A foto cortada na metade do rosto de Ben Bernank ou o infográfico sobre seringas para as vacinas de Gripe A.
Dois bons exemplos de como a Arte pode colaborar decisivamente em um jornal.

Azar e falta de atenção

Olhe rápido para a capa de O Imparcial (Belém, PA).
Impossível não relacionar a manchete (falta de água) e a foto (peixes mortos).
Mas não há relação, por incrível que pareça.

Os mais corruptos

Maravilhosa a capa do The Times (Munster, Indiana) com os 15 parlamentares mais corruptos dos EUA.
Sem cerimônias, sem rabo preso, apenas informando o leitor.
Se essa moda pega, vai faltar espaço nas capas de jornais.