Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-09-09

sábado, 15 de setembro de 2012

Porque hoje é sábado: a capa


A boa capa é aquela que inquieta, emociona e faz pensar.

Palmas para A Gazeta (Vitória, ES) que transformou uma boa ideia em uma capa sensacional.

Porque hoje é sábado: a foto


Impossível não se emocionar com o fotaço de Maiara Bersch na capa de A Notícia (Joinville, SC).

Foto de prêmio. E arrepio.

Porque hoje é sábado: o velho ainda mais velho


O ultrapassado Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP) dá mais uma lição de como ficar parado no tempo, esperando que os leitores fujam de vez.

Anunciou - de novo - um debate do grupo, que vai acontecer à tarde.

Lamentável.

Sem comentários.

Porque hoje é sábado: o atrasado


O Popular (Goiânia, GO) é o jornal de referência pelos lados de Goiás. Mas alguns detalhes estão prejudicando seu sucesso.

1. Chegou atrasado na história de Pedrinho. Ontem o Correio Braziliense (Brasília, DF) furou todo o mundo.

2. É preciso repensar o projeto gráfico. A manchete anda tímida demais.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tem novidade nos EUA


O USA Today (McLean, VA) foi lançado há 30 anos com o objetivo de ser o jornal para todos os Estados Unidos. Tinha uma proposta visual inspirada na TV e pretendia oferecer uma leitura rápida, altamente informativa, abusando dos recursos gráficos.

Deu certo.

Hoje o USA Today é o jornal de maior circulação nos EUA, com quase 2 milhões de exemplares/dia em papel (se for somada a audiência na versão digital o The Wall Street Journal é o líder).

E como em 30 anos muita coisa muda - inclusive a inspiração, que deixou ser ser a TV - o jornal mudou também. A partir de hoje o novo USA Today está nas bancas. Mais leve, com um novo logo, mas sem perder as características que lhe proporcionaram a liderança de mercado.

O USA Today também se renova nas versões digitais.

A definição da mudança, segundo o publisher Larry Kramer, é "contar histórias visuais em outro nível".

O novo USA Today promete mais sucessos nos próximos 30 anos.

Não adianta só reclamar


O Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) quer ser inovador e bola capas interessantes, talvez inspiradas nos "primos" dos Diários Associados Correio Braziliense (Brasília, DF) e Diário de Pernambuco (Recife, PE).

Mas falta uma pitada de picardia.

O leitor se cansa de tantos problemas. Ele quer soluções. Não adianta um jornal bombardear a cabeça dos seus clientes fieis enumerando o drama do dia a dia, se não vier acompanhado de propostas para acabar com isso.

Falta dar um passo a mais no EM

Como não dizer nada e ocupar espaço


O Diário do Pará (Belém, PA), jornal da família Barbalho, está craque em utilizar espaço nobre para não dizer nada que sirva ao leitor.

Ontem foi anunciando um debate na própria TV da empresa, em uma demonstração do que há de mais antigo e ultrapassado no jornalismo.

Hoje o Diário publica uma foto do tal debate. E diz: "TV abre espaço para candidatos".

OK, mas o que disseram os candidatos?

Ah, isso não está na capa. O problema é do leitor.

Incrível como se ocupa espaço sem dizer nada no Pará.

Jornalismo é feito de boas histórias


Acertou em cheio o Correio Braziliense (Brasília, DF) ao encontrar Pedrinho e contar as novidades da paternidade.

O hoje advogado Pedro Junior foi roubado na maternidade em 1986 e só há 10 anos reencontrou sua família biológica.

É um desses personagens que sempre vale a pena revisitar.

O bom jornalismo vive das histórias que emocionam e fazem pensar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O poder yankee e a submissão


Basta acontecer algo ligado aos Estados Unidos para alguns jornais brasileiros esquecerem a realidade local e colocarem os holofotes na turma de Obama.

Hoje O Estado de S. Paulo (SP), O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e Zero Hora (Porto Alegre, RS) deixam de lado o Mensalão, as eleições, o futebol e todo o noticiário local para falarem do atentado à embaixada dos EUA.

É o complexo de jornalão.

Difícil entender. Mas deve ter quem goste.




A mesma ferida aberta


Há 25 anos acontecia a tragédia do Césio 137 em Goiânia.

Curioso que O Popular (Goiânia, GO) e Diário da Manhã (Goiânia, GO) utilizaram a mesma expressão "Ferida Aberta" para lembrar o caso.

Outra do Pará


E por falar em Pará, o Amazônia (Belém, PA) apelou.

Não bastasse o espaço cativo à mulher com pouca roupa na capa, agora encontrou-se um jeito de colocar uma segunda moça despida.

Frente e verso.

Já o jornalismo...

AInda mais jornalismo de 1830


Primeiro foi o Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP), depois A Notícia (Joinville, SC).

Agora é o Diário do Pará (Belém, PA).

Usar a manchete para promover um tema da própria empresa, cujo interesse, se fosse em outro canal de TV, seria infinitamente menor, é utilizar o jornal como objeto de engodo ao leitor.

É uma pena que essa prática arcaica e absurda ainda tenha lugar nas empresas de comunicação.

Um horror.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O grito de independência da Catalunha


A Catalunha tem mais mistérios, fora o talento do Barça dentro do Camp Nou.

Ontem foi o dia regional da Catalunha, quando os independentistas exageram em suas manifestações pela separação da Espanha.

Segundo a polícia, 1,5 milhão foram às ruas de amarelo e vermelho. Um tremendo movimento.

Tão forte que além das ótimas capas dos jornais locais como Ara (Barcelona, Espanha), La Vanguardia (Barcelona, Espanha) e El Punt (Barcelona, Espanha) até o esportivo Mundo Deportivo (Barcelona, Espanha) entrou na briga. Nada de esportes, é hora de pedir independência.

Dica do colega Natxo Marcet, catalão, mas contra a independência.






Uma foto é uma poesia


Com uma foto como essa, na capa do The New York Times (Nova York, NY), para que texto?

Além da notícia


A diferença entre A Gazeta (Vitória, ES) e os jornais O Hoje (Goiânia, GO) e Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) na cobertura da redução do preço da energia é gritante.

O diário capixaba vai bem além da informação, como deve ser.

Já os jornais goiano e cearense não andam um centímetro a mais do que Dilma anunciou.

E esse é o jornalismo do passado.




terça-feira, 11 de setembro de 2012

Escolha sua capa




Fim da temporada olímpica em Londres.

A Parada da Vitória mexeu com o orgulho da cidade da Rainha.

Cada jornal buscou um foco.

Difícil dizer que acertou e quem errou.






Cadê Olívia?


Depois de encontrar o personagem dos sonhos de qualquer jornal, Notícias do Dia (Joinville, SC) simplesmente esqueceu de falar na capa da tartaruga mais simpática da Região Sul.

Jornalismo sem suíte não existe.

Se a matéria agrada é obrigação do jornal seguir o assunto.

O editor de arte não veio trabalhar


A capa da Folha da Região (Araçatuba, SP) de hoje segue um template bem conhecido no jornalismo-clichê dos anos 80. Manchete alta, três fotos com o mesmo peso, chamadas laterais e alguma informação na parte baixa.

Esse desenho - antiquado - só tem algum sentido se as três fotos forem de temas diferentes ou todas do mesmo tema. O que não pode acontecer é o jornal publicar duas fotos de um assunto e uma de outro.

E foi isso que a Folha fez.

Não há qualquer lógica editorial. As duas fotos do incêndio não combinam - uma é de um plano fechado, outra aberta. E a terceira foto está totalmente perdida no contexto.

Ao que parece o editor de arte estava de folga ontem em Araçatuba.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Faltou uma pitada de coragem


O que há em comum nas edições de hoje de O Estado de S. Paulo (SP), Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) e Jornal do Commercio (Recife, PE)?
Os três tinham ótimos elementos gráficos para montar uma capa de primeira, mas faltou a dose de ousadia necessária para que a primeira página ficasse digna de prêmio.
A foto do trânsito do Estadão é incrível, mas perde dimensão se não for bem aberta. Era dia de dar mais uma coluna, com a legenda em baixo.
A imagem do torcedor solitário é excelente no Santa, mas a manchete forte em cima esconde o sentimento necessário.
E no JC a ideia dos rostos é sensacional, mas faltou coragem de colocar 16 ou 20 rostos. Da maneira como foi editada, a capa perdeu impacto pela foto dominante - e inexpressiva - dos jogadores da Seleção.
Jornais precisam acreditar em suas apostas.
Quando o medo aparece, o resultado deixa a desejar.


Olívia é o personagem do dia


A tartaruga Olívia, que domina a capa do Notícias do Dia (Joinville, SC) é o assunto de 10 entre 10 mesas de café da manhã na cidade.

São histórias como essa que hoje emocionam o leitor.

O desafio do Notícias do Dia, agora, é fazer o tema render mais alguns dias. Suitar a manchete.

O que aconteceu com Olívia depois da volta ao habitat? Quais são as outras tartarugas famosas do Tamar? Como Olívia se feriu? O que ameaça as tartarugas? Por que Olívia acabou em Barra do Sul?

O jornal está com uma ótima história em suas páginas. Basta ser criativo.