Pausa

O Mídia Mundo volta segunda, dia 05.

A imprecisão joga contra o leitor

A manchete do Jornal do Commercio (Recife, PE) é um oceano de imprecisões. O jornal não está comparando um dia com o outro, apenas afirmando que há mais mortes nas estradas.

Só que todos os dias há mais mortes nas estradas.

Trata-se da máxima do jornalismo de que quando o cão morde o dono não é notícia (muito menos manchete), já o contrário...

A grande manchete do JC seria "Um dia sem mortes nas estradas".

Da maneira como publicou hoje, ficou impreciso e nada jornalístico. Se dissesse "Mais sete mortes nas estradas" estaria um pouco melhor.

Mas não disse.

A poesia não funcionou

Notícias do Dia (Florianópolis, SC) é um jornal que vem conquistando leitores em Santa Catarina, como alternativa ao monopólio da RBS.

Mas às vezes o jornal erra a pegada.

Hoje tentou colocar na mesma manchete as consequências para o clube local Figueirense e para o paulista Corinthians depois do jogo de ontem, em Florianópolis.

Acontece que o leitor é local, está atento ao que é seu. Quando lê a manchete, conclui que o Figueirense ficou sem Libertadores e sem título.

Só que o clube já estava fora da disputa. Além de ser uma conclusão obvia, uma vez que quem fica fora da Libertadores seguramente não é campeão.

A tentativa de unir Figueira e Timão foi válida. Mas não funcionou.

Faltou dizer no Maranhão

O Exército fez ontem uma intervenção na segurança pública do Maranhão.

Intervenção se faz quando a autoridade local não tem competência para a gestão de sua responsabilidade.

O Exército ocupou as ruas do Maranhão, então, por incompetência da governadora Roseana Sarney em lidar com a segurança de seu estado - uma atribuição exclusivamente da governadora.

A manchete de O Estado do Maranhão (São Luís, MA) informa com alegria a chegada do Exército, mas nenhuma palavra sobre a negligência da governadora.

Ah, sim: o jornal pertence à governadora.

Não seria hora de conferir quanto o governo maranhense gasta com publicidade no jornal da governadora?

A sexta das grandes imagens

Cada uma por um motivo diferente, as quatro fotos que encantam na imprensa brasileira hoje estão nas capas do Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), O Globo (Rio de Janeiro, RJ), Pioneiro (Caxias do Sul, RS) e Brasil Econômico (SP).
O acidente com o motoqueiro acrobático, a corrida solitária de Vettel, a briga de trânsito e o beijo de Sarkozy e Merkel são os destaque do dia.

A história sempre maquiada

O Diário do Pará (Belém, PA) comemora hoje sua edição número 10 mil.

A sociedade admira publicações com quase 30 anos de existência, mas desconfia de todo e qualquer veículo que deliberadamente apoia um ou outro político. Jornal não é instrumento de manipulação de ideias.

O jornal da família Barbalho ainda não entendeu que os tempos mudaram. Acreditar que maquiar a verdade fará a opinião pública comprar outra versão dos fatos é um tremendo equívoco, que só serve para matar a publicação.

Talvez quando os Barbalho deixarem a política para sempre - ou entenderem que um jornal é muito maior que um panfleto político - o Diário poderá ser um grande jornal.

Antes disso, nem pensar.

Dia de ação de graças chegando

É quinta-feira.

Os americanos adoram comer peru e agradecer a Deus pelas graças alcançadas.

O thanksgiving é uma das festas mais importantes do ano por lá.

Jornais como Journal and Courier (Lafayette, IN) e The Star-Ledger (Nova Jersey, NJ) já estão no clima.