Criatividade informativa

O Diário da Região (São José do Rio Preto, SP), agora sob o comando do competente Décio Trujilo, mostra que o senso de oportunidade deve estar presente na concepção das páginas - em benefício do leitor.

Um torneio de palavras cruzadas em Catanduva serviu de inspiração para a antológica capa de hoje, que informa bastante e foge dos padrões.

É um convite inovador e original à leitura.

PS: Dica do colega Jorge Cardoso

A propósito

Para que essa foto principal na Gazeta do Povo (Curitiba, PR)?

Se o editor da capa optou pela imagem de agência de um museu aberto nos EUA - um fato de pouca importância -, significa que as imagens produzidas pelos repórteres fotográficos do jornal ontem são de nível inferior.

Se é assim, hoje é dia de luto na fotografia da Gazeta.

Onde estão as fotos locais?

A portrait que diz tudo

Há quem diga que fotografia é um mero registro.

Ledo engano.

O primeiro plano do treinador da seleção espanhola Vicente del Bosque na capa da revista Líbero (Madri, Espanha) conta tudo em uma imagem.

De primeira.

Do Twitter de Juan Antonio Giner @giner

A foto do dia

A boa imagem não depende apenas do melhor equipamento ou da sensibilidade do repórter fotográfico.

Às vezes é preciso estar na hora certa no lugar certo, como o leitor Gabriel Silva, do Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC).

Que bom que o editor de fotografia do Santa não implicou com a autoria da foto. Há muitos editores no Brasil que ainda sonegam as imagens de colaboradores-leitores para favorecer sua equipe.

E acabam prejudicando o leitor. 

Os finalistas do Esso

Acaba de ser divulgada a relação de finalistas do Prêmio Esso 2013, o mais tradicional e respeitado prêmio de jornalismo do Brasil.

Dia 13 de novembro se anunciarão os vencedores.

Por enquanto uma boa saída é conferir alguns trabalhos na página Design2000 do Facebook, administrada pela competente designer Renata Maneschy.

Lavoisier editorial

Nada mais real do que a afirmação do cientista francês Antoine Lavoisier: na natureza nada se cria, nada se perde, tudo de transforma.

No jornalismo nada se cria, tudo se copia.

Só que às vezes a cópia é gritante demais.

Folha de S. Paulo (SP) publicou a manchete da esquerda segunda-feira.

Hoje, 48 depois, é a vez de Zero Hora (Porto Alegre, RS) apostar no mesmíssimo assunto.

Cara de um, manchete do outro

Pela segunda vez em apenas 12 dias Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) saem com praticamente a mesma manchete - e esta com duas frases, divididas por ponto-e-vírgula.

É uma fórmula velha e ruim de dar dois sujeitos em uma única manchete. E isso só serve para aliviar a consciência dos diretores, na tentativa de "não deixar nada de fora".

Mas é feio demais.