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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Duas lições para estragar uma capa


Três jornais australianos decidiram fazer a capa com os mesmíssimos elementos: uma foto aberta das flores depositadas na frente do café de Sydney e destaque para as duas vítimas do sequestro.

Mas por algum motivo desconhecido somente The Courier Mail (Brisbane, Austrália) acertou a mão. Respeitou a foto aberta e colocou manchete e fotos das vítimas em áreas de aplicação sem mudar o entendimento da imagem.

Northern Territory News (Darwin, Austrália) jogou a manchete sobre as flores (???) e as fotos das vítimas em um local onde jamais poderia ter feito uma intervenção da arte.

The West Australian (Perth, Austrália) acabou com a foto principal ao aplicar os bonecos dos dois personagens em primeiro plano. Um horror!

Lição do dia: não basta ter o material de qualidade, é preciso ter bons profissionais que saibam valorizar as informações.




terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A foto que quebra paradigmas


Está na capa da Folha de S. Paulo (SP) e dificilmente se verá algo parecido em outro jornal brasileiro.

A foto de Danilo Verpa é genial e mostra um fiapo de água na Represa Joanópolis, do Sistema Cantareira.

O corte na foto é ainda melhor. Não deixa dúvidas. É radical, foge dos padrões e certamente é a imagem mais vista do dia no Brasil.

Há editores que dirão que foge do projeto gráfico. E qual o problema? Não é para chamar a atenção?

Uma excelente aposta da Folha.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Agilidade americana


A primeira notícia de que havia um sequestro em uma cafeteria de Sydney, Austrália, chegou às 22h30 de ontem no Brasil. Os jornais brasileiros não publicaram nada, não deu tempo - e a notícia parecia algo que se esgotaria no online.

Passadas 12 horas o sequestro segue.

Com o fuso positivo os americanos The New York Times (Nova York, NY), The Wall Street Journal (Nova York, NY), The Washington Post (Washington, DC) e USA Today (McLean, VA) deram o tema como a grande aposta do dia.

Breaking news dominando as capas.



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Todos rigorosamente iguais


O River Plate foi campeão da Copa Sulamericana - uma espécie de Segunda Divisão da América do Sul.

OK, os jornais argentinos destacaram o fato.

Mas por que TODOS publicam a mesma foto, ainda que de diferentes ângulos? É manual? Ninguém quer ser diferente?












quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Quem inventa é inventor. Quem vai no simples faz jornalismo


A Folha de S. Paulo (SP) fez o dever de casa mais simples e sem invenções. Posicionou um fotógrafo em um ponto estratégico para clicar a "lavagem" da favelinha do crack.

Três fotos e 38 minutos depois o jornal conta como a operação não deu em nada. Simples assim, com imagens que não deixam ninguém mentir.

O Correio Braziliense (Brasília, DF) quis inventar uma arte diferente, para falar da greve dos funcionários públicos do GDF. A tentativa até foi boa, mas para que um texto torto? Para complicar a vida do leitor? Quem ganha fazendo o leitor ter que virar a cabeça - ou o jornal - para ler?

Não, o jornalismo não deve ser palco de invenções sem sentido. Tudo o que se quer é que os leitores entendam o que se quer contar. Sem complicar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Boas matérias também no Metro


Tudo bem em ser gratuito, com formatos rápidos e poucas páginas. Mas o Metro (SP) também consegue fazer grandes matérias, que passam longe da grande imprensa.

A história do metaleiro que virou Papai Noel é sensacional. Reportagem pura, com talento jornalístico.

Jornal não se avalia por número de páginas, mas pela relevância de seu conteúdo. Hoje o Metro brilhou.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O inferno baiano


A imprensa baiana concorda com uma coisa: a queda de Bahia e de Vitória para a Série B do Brasileirão é a "volta ao inferno".

Correio* (Salvador, BA) e A Tarde (Salvador, BA) dedicam capa monotemática à tragédia que fará com que nenhum baiano esteja na elite do futebol em 2015.