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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A diferença está nos gráficos





Não foi nas capas que os jornalões brasileiros se diferenciaram hoje. A grande pergunta de um leitor de impresso agora, mais de 12 horas depois do veredito do TRF4, é: o que vai acontecer?

E nisso a Folha de S. Paulo (SP) saiu-se melhor que a concorrência, enquanto O Estado de S. Paulo (SP) se complicou.

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) foi básico (abaixo), mas também informou.

O gráfico da Folha (ESQ) é bem bolado e de leitura fácil. Simples e direto. É por aí o caminho.


domingo, 21 de janeiro de 2018

O primeiro passo para a modernidade


O Ceará é um estado rico, moderno, com uma cultura de vanguarda, mas que demorou a reagir no jornalismo. Enquanto o Sudeste e o Sul avançaram, a Bahia deu alguns passos, Ceará (e também Pernambuco) ficaram atrás na corrida pelo melhor jornalismo, que entende as audiências.

O Povo (Fortaleza, CE) dá a partir de hoje o primeiro passo rumo ao futuro. Abandona, aos domingos, o formato standard e oferece aos leitores um berliner. Algo diferente, mais cômodo. E extremamente bem desenhado.

Curioso é que o movimento é exatamente o contrário do que La Nación (Buenos Aires, Argentina) fez, com tabloide de segunda a sexta e standard no fim de semana  - quando o leitor tem mais tempo.

Sabe-se que o concorrente de O Povo, o Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) também ensaia passos para um novo desenho e, talvez, novo formato em breve. O desafio, que não pode ficar de fora, é a estratégia digital. A audiência não se interessa mais por "flip" ou outras copias do modelo de papel na tela. Ser digital exige uma cultura digital, uma prioridade por mídias mais ágeis que o papel.

Sorte a O Povo. Mas ainda é pouco.


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Samba do venezuelano louco


Que fim levou o jornalismo venezuelano?

O ex-piloto Oscar Perez, que comandou uma revolta popular contra o governo Maduro e contra a oposição - que seria vendida ao sistema - foi assassinado ontem pela polícia. Uma história mal contada e sem o corpo por enquanto.

El Nacional (Caracas, VE) fala, mas não diz. Diario 2001 (Caracas, VE), popular ao extremo, foca na "caçada de filme". Últimas Noticias (Caracas, VE) publica uma foto, mais para constar. E El Universal (Caracas, VE) esconde tanto que é difícil achar na capa.

Sim, os dois últimos jornais foram comprados por empresários ligados ao governo. E os primeiros vivem sob ameaças.


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

The Guardian tabloide


Saiu o primeiro número do The Guardian (Londres, UK) "econômico".

Mudou o logo também.

É o primeiro diário sério do Reino Unido em formato tabloide.

Custa um pouco acostumar, mas trata-se de um caminho sem volta.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

The Guardian muda para tabloide



A partir de segunda-feira, um dos melhores jornais do mundo deixa o formato berliner, que adotou em 2005, e muda para o tabloide. The Guardian (Londres, UK) será o primeiro diário sério inglês a tomar essa decisão - os tabloides, na Inglaterra, costumam ser vistos como sensacionalistas ou pouco sérios.

O motivo? Não se trata de convicção de que o portátil é uma tendência, mas pura economia de dinheiro. A empresa prefere economizar em processos industriais do que em bom jornalismo.

No Brasil tabloide é realidade no Sul, em Goiás, no Espírito Santo e na Bahia. No Nordeste alguns jornais ensaiam movimentos para deixar o standard e entrar no berliner. Os jornalões, porém, seguem no formato tradicional. E curiosamente o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) anunciou há pouco sua volta ao papel. E em standard.


sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Jornais que pensam pequeno


Pelo menos quatro jornais de relevância em suas regiões foram hoje às bancas com manchete comemorando a alta na venda de veículos novos.

O lobby da Fenabrave funcionou.

O Povo (Fortaleza, CE), Diário Catarinense (Florianópolis, SC), Folha de Londrina (Londrina, PR) e A Notícia (Joinville, SC) copiam o release da entidade e não discutem o que é mais importante para o leitor: como vão circular esses veículos sem piorar ainda mais o trânsito?

O jornalismo de notícias puras e duras acabou. O jornalismo de problemas também. O leitor quer o jornalismo de soluções, enfim.

Os quatro jornais, como tantos outros, estão na contramão.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Rápido e certeiro


Basta olhar a capa de O Popular (Goiânia, GO) para entender os motivos da tragédia do presídio local.

O Ministério da Justiça recomenda um agente para cada 5 detentos.

No momento da rebelião havia um agente para cada 153 presos.

Ou seja, 3,26% do recomendado.

Alguma dúvida sobre os responsáveis pela tragédia de Goiás?

O Popular esclareceu em um infográfico.