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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Jornalismo inteligente made in France

 

O presidente francês Emmanuel Macron está pressionado e ameaçado. Logo após ver seu primeiro-ministro demitido pelo Parlamento, agora enfrenta contestações de todos os lados. População começa a pedir sua renúncia, dois anos após a reeleição.

O diário francês L'Humanité (Paris, França) sacramentou: O Rei está Nu.

Belo exemplo de jornalismo inteligente.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

O impresso que está conectado com o leitor

 

A vida não é feita apenas de crimes, aumento do dólar, resultado de futebol e tentativas de golpe de estado. Não são apenas as hard news que movem a necessidade informativa do cidadão.

Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) captou esse sentimento e apostou no queijo minas para a capa de hoje, depois da iguaria local virar patrimônio imaterial da humanidade, segundo a Unesco.

EM está conectado ao leitor, entende o que ele quer e precisa receber. A concorrência está no "modo release", que não interessa a ninguém - muito menos ao leitor.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A inesperada conexão entre clima e futebol

 

O Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ) é muito criativo, um sopro de alegria em um mundo depressivo da mídia brasileira.

A relação entre a temperatura do Rio e o número de pontos do Fluminense no Campeonato Brasileiro é sensacional.

Vida Longa ao MH!

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Nada como um dia depois do outro

 
A rede de supermercados Carrefour, que coleciona uma série de trapalhadas no Brasil (foi em uma loja de Porto Alegre que os seguranças mataram a pauladas um negro, por desconfiarem tratar-se de um ladrão), tenta melhorar sua imagem pelo dinheiro.

Ontem, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) cobrou uma retratação da empresa, pela infeliz afirmação do CEO francês sobre a carne brasileira.

Hoje o Carrefour pagou uma capa falsa na edição impressa, para tentar reduzir o estrago.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

A inteligência para se posicionar

 

The New York Times (Nova York, NY) é o meio informativo com maior número de assinantes no mundo ocidental, nada menos do que 11 milhões de pessoas. Um produto responsável, relevante e extremamente inteligente.

Para se posicionar pelo fim do massacre em Gaza, sem brigar com seus assinantes judeus - numerosíssimos nos EUA - o Times publica hoje na capa da edição impressa a foto de Mahmoud, um menino de 9 anos de idade, que teve os braços amputados em um bombardeio.

Não é necessário ser de esquerda ou de direita para sentir o impacto dessa imagem. Basta ser humano.

Já passou da hora de Israel recuar a artilharia e investir na diplomacia. Já são 45 mil mortos pelos ataques. Estima-se em pelo menos 100 mil mortos em consequência dos ataques (fome, falta de medicamentos, doenças). E mais de 200 mil mutilados. Tudo isso em uma população de menos de 2 milhões de pessoas.

Parabéns ao NYTimes pela inteligência em mandar seu recado.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

A imprensa brasileira é medrosa

A mídia brasileira tem medo.

O ex-presidente e seu primeiro escalão acabam de aparecer em uma completa investigação da Polícia Federal sobre conspiração para golpe de estado no Brasil. É grave. Por muito pouco o país escapou de cair em uma nova ditadura.

Mas poucos impressos deixam isso claro. A esmagadora maioria lava as mãos, tentando apenas noticiar o fato divulgado ontem. Só que impresso precisa se posicionar. O país está revoltado e quer justiça.

Entre as poucas capas que oferecem algo a mais está O Povo (Fortaleza, CE), uma aula de como ser simples e acertar um golpe do estômago do político, e Extra (Rio de Janeiro, RJ), que não poupou qualificações em letras garrafais para caracterizar os 37 indiciados.

Menos medo, por favor.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Pouca criatividade no day after de Trump

O resultado das urnas nos EUA foi surpreendente até para os americanos. Era
difícil prever a supremacia Trump no voto direto.

Os impressos hoje são pouco criativos, exceção a duas capas interessantes.

O San Francisco Chronicle (São Francisco, CA) usa o verbo "Trump" (superar, triunfar) para mostrar que Kamala (candidata californiana) foi batida.

Enquanto o Indiana Daily Student (Bloomington, IN) traz frases de ex-aliados de Donald Trump, o acusando de características nada agradáveis. E no fim decreta: e mesmo assim ganhou.

PS: colaborou o atento arquiteto Victor Tessler