Imprima essa Página Mídia Mundo: O mal crônico das dominicais do Sul

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O mal crônico das dominicais do Sul

Certo dia um gênio da circulação inventou que na Região Sul as bancas não abrem aos domingos. Não se preocupou em conversar com os donos das bancas, em propor pontos de venda alternativos. Apenas decretou que as edições dominicais deveriam circular a partir do meio-dia...de sábado. Com aquela decisão absurda a esmagadora maioria dos jornais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina passaram a ter uma edição dominical apenas com especiais, sem o noticiário quente de sábado.
OK, a circulação venceu a redação. Mas então que os jornais assumam a ausência de noticiário domingo e tratem a edição de segunda-feira como de segunda-feira, e não um recozido de todo o fim de semana.
O absurdo passa recibo quando jornais como Zero Hora (Porto Alegre, RS), Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) e Diário Catarinense (Florianópolis, SC), todos do Grupo RBS, tratam assuntos de sábado na edição de segunda como se o domingo não existisse. Ignoram outras mídias da própria RBS.
O caso Ronaldinho Gaúcho, como bem observou o leitor Everton Maciel, é um tiro no pé. A aposta de Zero Hora deveria ter sido publicada ontem. A chamado do Diário Gaúcho é como se ninguém soubesse do desfecho da novela Grêmio-Ronaldo. E a foto de capa do Diário Catarinense é da chegada do jogador a Florianópolis, sábado. Ninguém foi atrás do craque na noite catarinense ou na praia do Jurerê domingo.
Esse é o jornalismo da preguiça, que começa no mal crônico da Região Sul de transformar as edições de domingo em cozidões gelados. Não fosse pelos classificados e as vendas da dominical, com absoluta certeza, despencariam.


Um comentário:

  1. Vale lembrar Tessler, que as bancas representam apenas uma quantia da venda de jornais. Se esqueceram de livrarias, supermercados, lojas de conveniência, estabelecimentos abertos aos domingos e que distribuem jornais. Muitos compram jornal quando vão fazer as compras.

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