Imprima essa Página Mídia Mundo: Jornalismo local que ignora as raízes

terça-feira, 27 de julho de 2021

Jornalismo local que ignora as raízes


Os impressos hoje servem para o "algo a mais", a evolução da notícia, a explicação. Os sentimentos, o orgulho, a análise.

Era isso que os habitantes da cidade gaúcha de Canoas esperavam ver hoje, a consequência e a festa do primeiro nadador da terra a conquistar uma medalha olímpica - Fernando Scheffer, bronze nos 200 livres. Mas não. Na capa do Diário de Canoas (Canoas, RS) há a tristeza de uma praia abandonada e o drama de uma onça. E Scheffer?

Possivelmente o diário não quis esperar a prova, que aconteceu às 22h43, horário brasileiro, e terminou dois minutos depois. Um horário pelo menos 30 minutos mais cedo do que o final das partidas de futebol que começam às 21h30 - e que, de vez em quando, estão no DC.

Bem, mas se o impresso "comeu mosca", o site deve ter seguido o assunto, certo? Errado. A primeira matéria com algo mais do que o resultado entrou apenas às 10h27 de hoje, quase 12 horas depois da façanha. Tremendo desprezo pela audiência.

Quando um canoense poderá ganhar outra medalha em natação? Talvez no próximo século. Com sorte.


Com essa mesma lógica, O Progresso (Imperatriz, MA) também não conseguiu ir além na conquista da skatista Rayssa Leal, a Fadinha. Nada. Nem uma conversa com a família.

Pior: entrou na lógica das quatro chamadas de capa do site, dividindo espaço com um assassinato e com um jogo de futebol que ocorreu domingo. E hoje é terça-feira.

Esse é o tipo de jornalismo que está morto. Aliás, talvez não deva mais se chamar jornalismo.










 






Nenhum comentário:

Postar um comentário