As linhas retas de Mondrian

A exposição do artista holandês Mondrian em Belo Horizonte inspirou o Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) a fazer a capa de hoje.

Simples, com linhas verticais e horizontais, utilizando cores nas formas geométricas.

Inteligência criativa é associar temas da agenda pública com as apostas jornalísticas.

Belo exemplo.

Desconexão total com o leitor

Há algo errado no Reino do Jornalismo.

Os três maiores jornais do país entendem que a morte de três policiais nos Estados Unidos é manchete ou submanchete das edições de hoje.

Quantos policiais morrem a cada fim de semana no Brasil?

Inacreditável que a ação de um desequilibrado na Louisiana seja, na visão de O Estado de S. Paulo (SP), O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e Folha de S. Paulo (SP), o assunto mais importante do dia...para os brasileiros.

A desconexão entre jornais e leitores está enterrando os diários do Brasil. No Estadão até a foto principal é da polícia dos EUA - uma foto que não conta absolutamente nada.

Triste o caminho trilhado - rumo ao abismo - pelos jornalões brasileiros.

PS: que grande foto na capa de O Globo. Seu autor é o foto-repórter Ueslei Marcelino, da Reuters.

Esperando os Jogos Olímpicos do Rio

Impressionante a ação da Anistia Internacional - Espanha - sobre os Jogos do Rio.

Impossível ficar indiferente.

PS: Do FaceBook do colega Daniel Vidor

É preciso saber reabrir uma edição

No jornalismo não há nada mais mais fundamental do que a surpresa. Muitas e muitas vezes, a surpresa vem da notícia.
Ou seja, não se pode brigar com a notícia.

Libération (Paris, França) e La Croix (Montrouge, França) são doi jornais tradicionais da França. O primeiro nascido da geração de Maio de 68, de esquerda, rico em reportagens bem pensadas. O segundo, da igreja, tem uma enorme legião de leitores conservadores.

Os dois fecham suas edições com bastante antecipação. Só que o maior talento de uma redação é saber dançar conforme a música. A edição precisa ser reaberta se algo realmente importante acontecer. Ontem, pouco antes das 21h, algo "realmente importante" aconteceu.

Mas Libé e La Croix chegaram às bancas hoje sem qualquer referência ao atentado de Nice. Pena.

#ForaCunha - O melhor

Simples e criativo.

A capa de palavras-cruzadas do Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) é uma aula de criatividade.

Bom humor e informação. Juntos, lado a lado.

#ForaCunha - Dois bons tiros

Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) tentou usar as caras e bocas do ex-presidente da Câmara na capa. Até funcionou.

O Popular (Goiânia, GO) decidiu explicar o que o leitor não consegue ver. Uma ótima saída para esses casos, afinal jornal-papel serve para explicar, explicar e explicar.

#ForaCunha - Os olhos

Jornais como O Estado de S. Paulo (SP), Folha de S. Paulo (SP), O Tempo (Belo Horizonte, MG) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG), tentaram construir a capa diferente: foco nos olhos de Eduardo Cunha.

Só não imaginava que seus concorrentes diretos fariam exatamente o mesmo.

Ou seja, era um recurso obvio demais para dar certo.