Esse jornalismo antiquado serve para facilitar a vidas das redações - hoje em dia enxutas - e agradar o grupo de "autoridades" e assessores de imprensa.
O bom jornalismo busca o novo, o diferente, o exclusivo. Jornalismo que gasta sola de sapato nas ruas, que utiliza o maior ativo dos profissionais da equipe: criatividade.
Quando uma entidade anuncia um balanço, um relatório, este serve de início para uma reportagem, jamais como fim. Interpretação de números é um valor agregado, mas de pouca valia. A menos que uma calamidade esteja revelada pelas estatísticas.
Os jornais O Tempo (Belo Horizonte, MG), Jornal NH (Novo Hamburgo, RS), Diário de Taubaté (Taubaté, SP), Diário do Pará (Belém, PA) e O Liberal (Belém, PA) deram manchete para o relatório sobre o avanço da Aids no Brasil.
Nenhum deles conseguiu ir mais além dos números oficiais.
Bastava encontrar um personagem, uma história, um toque humano.
Da maneira como está, é pura agenda oficial.
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