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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O fato e o algo a mais

Muito se fala do fim dos jornais.
Os jornais não vão desaparecer, isso é conversa dos alarmistas de plantão.
Os jornais precisam, sim, assumir uma nova postura. Mais analítica, menos informativa. O fato público é conhecido. E outras mídias são bem mais rápidas que um jornal, que demora cerca de oito horas entre o ponto final da última página e a mesa do café da manhã do assinante.
Para sobreviver com esse espaço de tempo é preciso dar mais que informação, fato, notícia.
O leilão da Belo Monte foi ontem, cercado de liminares e mandatos. Venceu o consórcio liderado pela Chesf. Tudo isso é conhecido. E é só o que está na manchete de O Estado de S. Paulo (SP).
Mas isso é pouco, é notícia velha. Por isso a Folha de S. Paulo (SP) foi além e já fala do desentendimento entre os integrantes do consórcio, como a Queiroz Galvão.
Antes mesmo de assumir Belo Monte, os vencedores estão se separando.
Isso é o novo jornalismo de jornais.
Ponto para a Folha.

Um comentário:

  1. Falou e disse!
    O jornal tem que inovar para sobreviver. Chega de cópia barata dos textos de assessorias e notícia requentada.

    Abraço,
    CHarles Santos


    P.S.: Eu acho interessante como até as propagandas são parecidas (da mesma empresa) e estão no mesmo local do jornal.

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