Imprima essa Página Mídia Mundo: Nota de repúdio a um certo deputado

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Nota de repúdio a um certo deputado

Um deputado estadual de extrema-direita do estado de São Paulo agrediu ontem de forma covarde e inconsequente a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura (SP). Esse deputado (que Mídia Mundo nega-se a publicar o nome, para não oferecer palanque) ofendeu Vera com as mesmas palavras que o presidente da República já tinha feito em rede nacional. Pior, inquiriu a jornalista sobre um suposto contrato no valor de R$ 500 mil reais com a Fundação Padre Anchieta, do governo paulista. Esse contrato não existe, uma vez que Vera recebe R$ 22 mil mensais (R$ 264 mil ao ano, como Pessoa Jurídica, conforme contrato exibido pelo próprio deputado na Assembléia Legislativa de SP).

O problema é que um jornalista não pode ser acossado, como fez o deputado. Mais ainda por Vera ser mulher. O deputado, preocupado em fazer teatro para sua bolha via redes sociais, gravava tudo com seu celular - e em uma bateria de palavras não permitia Vera falar. A cena é lastimável, uma ameaça clara à democracia. Completamente fora de contexto - o deputado estava acompanhando o debate entre candidatos ao governo de São Paulo, a convite do ex-ministro e candidato Tarcísio de Freitas, do seu partido - este senhor tentou criar um fato sem o menor sentido. Mas o jornalismo não permite tamanha truculência.

Foi aí que o Diretor de Jornalismo da TV Cultura - promotora do evento - Leão Serva viu a cena absurda da perseguição, sorrateiramente desarmou o deputado de seu celular - jogando-o longe - e falou o que a maioria dos ali presentes queria gritar: "Vai pra puta que te pariu, filho da puta".

👏👏👏👏👏

Leão fez a defesa extrema de uma funcionária. A democracia precisa destes "leões" que defendem o jornalismo e os jornalistas. Ou o caminho para a ditadura estará pavimentado.

Fascistas, não passarão!

PS: segundo o wikipedia, o deputado criou o bloco de carnaval Porão do Dops, é um dos líderes do movimento Direita São Paulo, defende pautas da extrema-direita reacionária, ameaçou agredir um transsexual que utilizasse o mesmo banheiro de sua mãe e, por fim, disse ser homossexual. Elegeu-se deputado na onda bolsonarista em 2018. Agora tenta a Câmara Federal. Mídia Mundo torce muito para que ele não obtenha sucesso nas urnas.

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