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sábado, 9 de abril de 2011

Realengo: quatro equívocos

O editor de fotografia de Zero Hora, Ricardo "Kadão" Chaves. costuma dizer que fazer a capa em um dia de grande e óbvia notícia é fácil. Difícil é quando é preciso cavocar um conteúdo.
Kadão tem razão, por isso é ainda mais grave quando alguns jornais não aproveitam a chance para fazer uma capa antológica, em eventos como o massacre de Realengo.
Folha de S. Paulo (SP) foi extremamente Folha de SP ao ser fato sobre fato, sem criatividade, como uma breaking news de web ou um noticiário de rádio. Mesmo chegando 24 horas depois na casa do assinante. Perdeu a chance.
O Estado de S. Paulo (SP) fez a manchete da preguiça, aquela que o estagiário grita do fundo da redação depois de ver o noticiário de TV a cabo: massacre no Rio.
O Dia (Rio de Janeiro, RJ) praticou um dos erros mais comuns em quem pouco entende de jornalismo moderno. Em vez de ser boutique, e apostar em poucos produtos, virou atacado e jogou todas as ofertas empilhadas. O jogo de imagens é muito ruim, fruto de quem não quer decidir se essa ou aquela imagem é mais significativa. Na dúvida, tudo junto.
E o Correio Braziliense (Brasília, DF) pretendeu ser intelectual demais. E quem se lembra de Columbine?
Perderam a grande chance.

Nota do editor: a avaliação da cobertura de ontem só chegou hoje devido a problemas de conexão com a rede. Realmente não deu.


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