Imprima essa Página Mídia Mundo: Ponto de inflexão à vista

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Ponto de inflexão à vista

Um estudo da Price Waterhouse Coopers (PWC), conhecida consultora internacional de negócios, está mexendo com a mídia dos EUA. Segundo o documento apresentado semana passada, em 2026 o dinheiro de publicidade digital em meios de comunicação será superior às receitas por publicidade no papel. Ou seja, haverá mais investimento de anunciantes no meio digital para veículos jornalísticos do que em impresso.

O dado só não é surpreendente porque há muito a receita digital desbancou as mídias analógicas, no total. Ocorre que entre 70% e 85% ficam nas mãos dos dois maiores intermediários, Google e Facebook. Portanto a disputa restringe-se à verba total de  publicidade de um impresso e uma fatia entre 15% e 30% do que entra por via digital. Agora essa fatia será superior à do impresso.

Qual a preocupação? É que segundo o gráfico da PWC a curva da receita em publicidade digital encontra-se estável. O problema é a queda acentuada das receitas de anúncios no impresso. Sem que se recupere esse dinheiro. Foram quase US$ 12 bilhões investidos no papel em 2017. A previsão para 2026 é de US$ 4,9 bilhões.

No Brasil o ponto de inflexão talvez demore um ou dois anos mais - mas vai acontecer. A solução precisa passar por entender digital como negócio principal da empresa, que também oferece outros produtos como o impresso. No The New York Times (Nova York, NY), por exemplo, dois terços das receitas já chegam por meios digitais, principalmente assinaturas. E crescendo

É preciso se mexer, tomar decisões, montar estratégias. Ou depois pode ser tarde demais.


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